segunda-feira, 28 de outubro de 2013

TOMOU POSSE O NOVO EXECUTIVO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA REAL

A Terceira Vaga Chega à Câmara de Vila Real

A Tomada de Posse teve um entusiasmo como nunca fora visto em alguma tomada de posse , em Vila Real




São 9 vereadores (mais 2 que até aqui) por força do aumento de eleitores que se verificou no concelho.

São 5 do PS e 4 do PSD, ficando assim, o PS em maioria absoluta.

Os cinco do PS vão ter pelouros e trabalhar a tempo inteiro e dos 4 do PSD, os quais ficaram sem pelouro, Miguel Esteves é o único que se mantém. Por sua vez, do PS, Rui Santos que agora passa a ser o Presidente e Eugénia Almeida que é a Vice-Presidente, já eram vereadores no anterior Executivo, sem pelouro.

Importante Discurso do Presidente Eleito
e
Inauguração do Estilo Terceira Vaga,  por João Gaspar, o mais votado para a Assembleia.
Desenvolveremos brevemente, esta temática, que vai ser uma revolução na autarquia. Por sua vez, as Juntas de Freguesia irão seguir a Câmara. Os outros concelhos do distrito vão apreciar e reconhecer seguindo, também, Vila Real. A Câmara de Vila Real liderará e ganhará capitalidade, nascendo uma liderança forte, como nunca se formou. ganhando força competitiva no Interior Norte

Veja o vídeo da tomada de posse do passado dia 26 de Outubro de 2013. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

TOMADA DE POSSE - CÂMARA DE VILA REAL


Novo Executivo de Vila Real toma posse sábado, 26

No auditório do Teatro Municipal (próximo do Shopping)

Pelas 15h30

Entrada livre.

O Vilarealense fará cobertura do evento em video


Vereadores do PS (5)

Rui Santos - Presidente
Eugénia Almeida - Vice-Presidente
Adriano Ribeiro
José Maria Magalhães 
Carlos Silva

Vereadores do PSD (4)

(Sem Pelouro)

António Carvalho
Carlos Moreira
Celeste Pereira
Miguel Esteves



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

CAÍU A CÂMARA DE VILA REAL - A QUEDA DO PSD



Por Vilela Borges


Corria o ano de dois mil e treze, 
da era de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Naquele Reino Maravilhoso,
na cidade Real, que dava pelo nome de Vila,
ocorreu um fenómeno espantoso,
nunca visto!

O partido que reinava,
desde o inicio da democracia
pelo voto popular,
de repente via
e nem queria acreditar,
que o seu reinado acabava
e agora ali reinava,
o PS, no seu lugar.

Foi a tomada da Bastilha!
Caía a Monarquia.
Sem querer,
tinha-se o que se queria!





Era já tempo demais,
precisava de rodar.
Se tudo vira na vida,
porquê a Câmara não virar?


O Engano dos Professores


  O Murro no Estômago do Professor Carvalho 


                                          
                          Os Professores de mãos dadas




   voto de cabresto 




início




                                   I Capitulo
                                    As certezas marcelistas
                                    e as incertezas de Carvalho!
Há quem diga
que quem sabe não ensina,
faz!
Não se ofendam os professores, 
que nenhum ódio nos traz,
estamos só a divagar,
vamos lá narrar!

Pelo Professor Marcelo
e suas certezas,
é que vamos começar,
para logo passar
às incertezas,
do Professor Carvalho.

Pois a 22 de Setembro,
exacta semana antes da eleição,
o professor meteórico,
no seu programa semanal de televisão,
declarou, da sua cátedra,
autóptico
e sem hesitação,
que em Vila Real já se vê,
que clarificada estava
a eleição,
a favor do PSD.

Confira, caro leitor, através do vídeo:



A clarificada ideia,
do Professor afamado,
gerou-se da seguinte maneira
num telefonema apressurado. 

Um tanto desajeitado,
de tantos livros nas mãos,
saiu à pressa do automóvel
e em passo apressado,
subiu à maquilhagem,
que já estava atrasado...
e logo toca o telemóvel,
que não conseguiu segurar,
na mão,
sem uns tantos livros soltar,
p' ro chão
e logo neles se sentou,
p` ra logo se por de pé.
Podia levá-los numa mala!...

Ia p' ra maquilhagem,
foi alí, 
mesmo à entrada da sala!
                                                 
                                                   
                                                      Carvalho telefona a Marcelo                                                              para o empenho

_ Quem é? 

Quem fala?



_É o António Carvalho.

_Como vai meu caro,

é um prazer ouvi-lo!
Mas fiquei confundido,
não me mandou o texto
ou o seu pedido,
foi só um pretexto?..

Quero que saiba
que fi-lo
porque qui-lo.

_Qual texto?

Quero falar da eleição.

_Da Constituição?

Eu cá sou constitucionalista,
mas a Constituição e' em Moçambique
e você não e' o Carvalho, de Angola?



Ou é d'  Alfama,

algum fadista?
Olha esta!
queres ver que e' o mesmo de há pouco,
esse farçola!
Com nova voz.

Deve ser louco.

De lhe gritar até fiquei rouco.
Vá lá pachola!
Deixa-me a sós.

_Ó Professor!

Não se exalte!
Carvalho,
mas o de Vila Real...
Vou ser o Presidente 

_Ah, desculpe meu caro,

sim, de Vila Real,
agora percebi, 
ficou claro.

E o prognóstico pr' ai?

Deixa q´ adivinho...
se vai ser presidente...
é porque vão de carrinho...


_Sim, clarificou,
Vão levar no focinho,
estamos consolidados.

É no rescaldo dos trabalhos,

na preparação da festa,
que estamos empenhados,
É a tarefa que nos resta,
coroar a façanha,
que a campanha...
já abrandámos. 




E os dois falavam entusiasmados.


_Era de esperar,
a Câmara que foi sempre nossa,
não ia agora virar
e logo na terra do Pedro...
Ele deve aí, ser bandeira! 

_Humm, Humm, Humm...

desculpe este engasgalho...

_Não faz mal, Carvalho.

Mas cuidado!
O outro pode fazer mossa,
esse Rui não é brincadeira!

 _ A este não tenho medo! 

Mas não interessa cá o Pedro

_Assim é que é,

um transmontano valente,
que nada lhe mete medo!

_E diga-lhe s' ele o ouvir,

que aguente a nova austeridade,
que tem em preparação,
até passar a eleição,
faça-lhe sentir!




_Sim, vou-o persuadir.

Mas até aí ele vai,
nessa não cai.

Espere, estou a ligar-lhe.
Não, não m´ atende...
É melhor eu m´abster,
ele acha-me perpetrante!

_Deixe Professor, 
adiante...
trato eu, sei o segredo.
E a mim não me tem medo.


_E as divisões?
Ou isso é segredo?


_Há soluções,
tudo forte e unido.
É a nós que o povo ama,
dê o Professor uma mãozinha,
fale agora no seu programa.
Diga, sim...

_Digo.


_Quando vem a Constantim?
Se pudesse vir à posse!
Acha que convide o Jardim?



Vai ser uma grande festa!
Já lhe disse,

estamos na preparação,
é a tarefa que nos resta
e vem tod' a malta de Constantim!


O Professor e o Jardim,
à frente,
a abrir o desfile,
que aparição!
E o Professor trazia a televisão...

Vai estoirar foguetório por todo o lugar,
bombo, pandeireta e ferrinhos
e concertinas a tocar. 



Diga sim,
que vem à posse!

E Marcelo acometido,

por aquela crónica tosse.

_Uummmm. Uummm...

Ah, quem dera!
Não tenho tempo nem para coçar.
Encontramo-nos em Lisboa, para um café.
Quando cá vem?
Também lhe quero falar 
da corrida a Belém...

_Vou logo a seguir à posse.
Mas pode contar,
o apoio será total,
no distrito de Vila Real!

_Obrigado meu caro.
E vou breve a Cabeceiras,
e podemo-nos encontrar.

_E levo a malta, 

para festejar!!!





_Até breve!
Abraço

_Abraço  Professor!               

                   II Capítulo
 A entrada de Madeira Pinto


A Noite do resultado                             
                            
Na noite da eleição,             
ao saber-se o resultado,
Marcelo telefona a Carvalho,
mas de tão amargurado,
com tão grande abanão,
não atendia ninguém,
"larguem-me da mão".

Atendeu o Professor,
mas só na manhã seguinte,
ia na escada/elevador,
com a família ao redor,
no shoping e já ouvinte.


Porque o relax matinal,
e o encontro d' amigos,
foi um reconstituinte
que lhe levantou a moral.

E dizia nos cumprimentos,

que não ganhou para já,
porque teve pouco tempo e tal...
mas que quatro anos 
são uns momentos
e logo vencerá
e o PS acabará,
no concelho de Vila Real.
                  
     
                                      
Chega-se o Madeira Pinto,
com rir incontido de satisfação,
a todos acena e cumprimenta,
com apertado aperto de mão.

_Eu ouvi aquele teu dizer!


E não perdeu a oportunidade,

de na conversa se meter.

_Tu?! Daqui a quatro anos?!

Isso é o que iremos ver!

Até ontem estive calado,

para não te comprometer,
mas agora vou falar
e vou  explicar
e todos vão compreender.

Vou contar como foi,

q' eu não assenti
e não fui afastado,
fui eu que m' excluí.
                
Naquele desainar 
eu tinha que zarpar
e quieto fiquei.
Eu renunciei.

Não sou um rapazete.
eu larguei a biciclete.


_Devias era m' agradecer,
foi-te o Martins escolher,
sem a sucessão preparar,
também  afundar-te-ias
ou achas que te safarias?
Nem beneficio da dúvida te dou.

_Claro que eu ganhava,
minha experiência jogava,
que foi o q' a ti faltou.

Era modo de ganhar, hum? 
Tens dois olhos na cara
porque usaste só um?

Mas alguém se lembrava,

de s' apresentar dividido?
Ora dizias sim, q' estavas, 
d' acordo com o teu partido
ora dizias que não, 
que n' Assembleia às vezes até votavas,
d' acordo com a oposição...

Q' agora já não era
e q' agora é que era,
é que ia ser,
porque agora era
e s' ia ver
q' era um novo ciclo,
q' ia nascer.

                                   Nunca se renegam os antepassados.

                                   Não servem para expiar nossos pecados.

Não seres orgulhoso,

da herança de Martins e Moreira,
foi cegueira.

Tinhas de ser coerente
e mostrar a toda a gente
e com toda a voz,
que os 38 anos foram bons,
por isso votavam em nós.

E q' iam continuar a votar,

q' inda iam ser melhores,
visão e modernidade,
mais sabedoria,
como ser teria,
q' os tempos exigem mais.

Não era assim que se fazia?

Ganhavas autoridade,
sem nunca renegar os pais!

Fazias campanha pela positiva,

sem te referires ao PS,
não deixavas q' ele tivesse,
a iniciativa.

Mas aquela dificuldade base,

que criaste
- ou tu só foste convidado?
Só eu a tiraria,
mas seguro t' achaste,
e precipitadamente, 
pensaste,
que nada te abalaria,
e que já eras presidente!

Não quiseste vir a mim,

julgaste-te o João Jardim...

Pensaste não precisar de mais,
que até podias renegar os pais.

Apoio mas não apoio,
concordo e não concordo,
d' encontro à oposição,
meteste-te sem dar por isso,
igualzinho a ouriço,
na táctica do Rui sabichão.




Levou-te inteligentemente,
para o campo da confusão
e até fez o pino,
mostrando ousadia
e inovação
e tu não.

Achaste o pino heresia,
excomungaste-o no palanque,
tua candidatura não compreendeu,
o que hoje os tempos são!

Pois fica sabendo 
que eu já sabia!
Fui eu,
quem ao Rui, 
a ideia deu!

Eu era o mais inovador 
-como toda a gente sabe-
no Executivo anterior,
mas porque artes,
não me conseguia impor?!

Por isso naturalmente,
queria ser Presidente.
E não me deixaste ser...

Mas se me tinhas querido ouvir,
q´eu não sou de rancor manter,
a ideia também ta dava,
fazias o pino antes dele
e o PSD é que ganhava!



E ainda caíste sem saberes

n' outra mão
e que mão!
A do Silva Pereira,
esse tubarão...
que te recebeu
com tod' a sua própria precisão



Querias o Espírito Santo,

a costela do Pai Adão,
o poder a cair-te na mão...
E assim, lá se foi a criação!



E o ataque pessoal,

se certo deu uma vez,
cairia à segunda, talvez!




Como de facto caiu,
que ao eleitorado cheirou mal,
e bem concluíra,
que vires na campanha tal e qual,
atacares o homem no pessoal
(ou deixares que atacassem)
como antes já se vira,
não era de bem, 
era do mal.



Concentraste-te no banal,

perdeste o essencial,
a campanha pela positiva:
coerência, 
programa concreto,
elevação

E o PS que fez assim,

numa campanha festiva,
deu-te um empurrão,
passou-te para trás,
tirou-te a iniciativa
e ganhou a eleição.

Deixaste que o eleitorado,

te notasse,
certa impreparação.

E se pr' esta nova andança,

mostravas insegurança,
pois que venha a oposição!

Não te quiseste aconselhar,

eu fazia-te o guião!


E agora que fazer?

Queres voltar-te a meter,
na confusão?
ainda tens crença?

Queres antes encabeçar, 

o movimento pr' Olivença?
Queres conhecer o presidente,
que t' apresento o O'N João?




_Se t' achas tão bom assim

e te queres candidatar,
vai daqui a quatro anos,
q' eu já não.
Quedo-me por Constantim.

Mas olha que Martins, 
já diz,
que vai voltar!
Que com este sarilho,
só ele pode acabar
e que se não for ele,
vai o filho.



_Claro que sou eu que vou,
já ando n' articulação...

Não sabes da reunião?

Dos Senadores...
então?


E disseram,
q' eu determinava os fins, 
q' escolhia, 
os demais,
que eu é que sabia
e a convenção eu dirigia,
secretariado pelo secreto J. Barreira,
que trás segredos da Obediência...

Talvez t' inclua a ti,

ou não,
terás que ter paciência...


SENADORES





 





OBSERVADORES










Observadores de Honra. 


        TRÊS





        

            +       UM              +          UMA     






+ este  que devolve todos os

                     sms de convite






E Carvalho incomodado,

com o telefone a tocar, 
na mão,
afastou-se para o lado
passando por Madeira.
Sai empurrão:
"-vai-te embora,
que tenho telefonema agora"

                                              
                                   III Capitulo
                                  Marcelo telefona a pedir                                       explicações            


_Desculpem, 

é um telefonema europeu!
tenho d' atender
e a chamada atendeu.






_


Hello. I' am Tony Carvalho
Who speaks?

_Sou eu, o Marcelo Rebelo de Sousa


_Ouça!

 Para quê me telefonar?
Também me quer chatear?
Já basta o estado em q' estou...

E aquí o Madeira,

quer qu' eu vá pr' Olivença,
e eu sei lá pr' onde vou!

Dê-me sua opinião:

ir, seria agora solução,
p' ra curta convalescença
e regressar depois,
com internacionalização?

E Marcelo irritado...


_Chateado?! 

Eu é que estou,
Carvalho!

E tem razão o Madeira
antes fosse ele,
não me faria brincadeira...

Que vitória que m' anunciou?!
Então?!
e falei na televisão!

Fiz figura d´urso,

fiquei incurso!





Agora é o Miguel e o Sócrates,
que m' andam a telefonar
e gozam comigo,
e a culpa é toda
do meu amigo.









Soares mandou-me dizer,
que se farta de rir,
com minhas previsõezinhas,
que somos todos,
uns salta pocinhas...

E Cavaco no facebook

atirou uma fisgada:
"há um que quer ser Presidente,
isto não é para toda a gente,
é lugar muito exigente!

Ele que caia na real...
que vá ser presidente 
de Vila Real!"



O Passos diz que é evidente,
que quem se engana em Vila Real,
não pode ser presidente.



Anda nos bastidores,
a intrigar contra mim,
diz que eu nunca,
q´ antes o Jardim!!!




E o Marques Mendes 

sms m' enviou
e diz que vai à Judite propor, 
minha expulsão do programa
e que nem mais uma entrevista dou.
Já viu o drama?

Terei q' ir pr' a cantor,
lá no bairro d' Alfama?
Lá vai minha fama.




E a Judite a violentar:

"fantástico...
não sou uma mulher qualquer,
isto está a correr mal, 
não me podes enganar,
lá por Vila Real."



Espere! Chegou um sms.

É do Mendes... 
diz que não sei adivinhar,
que com ele devo aprender,
vou-lho reenviar.

_Não envie, Professor,

que eu nem quero ler.
Não vou ler mais,
nem sequer jornais,
quero por agora achar 
um qualquer cais,
para me reencontrar.

E talvez um dia,

na pós auto-verberação, 
reembarcar
ou não.

Foi de ler muito...

Fiquei com teses tais,
e ideias saltitais
e agora até ver,
é meu intuito
não ler,
para ficar a saber,
se o insucesso,
foi por ter lido de mais!




Quer um conselho Professor?
Pare também de ler
e vai ver,
que ficará menos valsador!

E vou falar pouco,

se não ficamos iguais, 
e ainda dou em louco!




Mas telefono a Marques Mendes,
sim,
a assumir as culpas,
que tenho costas largas,
tudo p' ra cima de mim.
Se não fosse a Escola,
escondia-me em Constantim.





O Mendes pára a investida,
que eu o faço parar,
que com os dotes que tendes,
um deslize na vida,
um erro em Vila Real,
não é medida,
para lhe fazer esse mal.

Pronto, tenho que desligar

que se está a ouvir mal...

_Espere, ouça-me, Carvalho!.

não vai d' abalada.
Aqui quem desliga sou eu
ou quer-me fazer de Réu?

Você fez a borrada
e o borrador sou eu?
Eh lá meu!
Tem de m' ouvir!

Eu tenho estado a pensar,

no que me disse ao anunciar,
essa vitoria enganada,
que dá vontade de rir...

Se não fazia campanha

e preparava a comemoração,
é porque não queria ganhar!
Quis foi m' enganar...
para enganado eu falar
e assim me arruinar
e nunca ninguém m' enganou!

_Olhe Professor,
eu já nem sei quem sou!

Tem de compreender,
aquilo que se passou.
Só m' apetece esconder!



Palavra que contava ganhar!
Mas vou p´ ra vereador
e atento vou ficar,
ficar vigiador.



Que murro no estômago, levei!

Porquê a desgraça?
Eu não sei.
Houve trapaça...


Esse Rui, 

meteu vírus no computador,
é um chalante, um sestroso...

Ora veja lá o Senhor!
Tínhamos os votos contados,
e apareceram aqueles resultados,
que me fizeram hernioso.

Ou pensa que não?

Tudo foi cavilação. 

O Senhor q' é genial,

que tem dotes de adivinhação,
faça uma investigação,
venha a Vila Real,
descobrirá maquinação.



E revela-a em primeira mão,

no seu programa semanal
e vai ver,
como é o Professor, 
que passa a ser,
o tal feroz animal!

E cala o Mendes de vez,

a Judite a infidelidade perdoa,
por mais q' isso a moa
e de si volta a gostar.

Não vai pr' Alfama da saudade,

cantar,
continua na Universidade,
a ensinar.

E ao Sócrates e ao Miguel,

manda-os passear,
nem lhes dê Cavaco
e a Presidência volta a fisgar.

_Pára, Carvalho!
já me estou a passar,
vejo que de Vila Real,
há que desconfiar,
há muito de artesanal,
confiança  não mais dou,
também o Pedro m' enganou.



Armados em reguila...

são os Garotos da Bila...

Que arte!
Apetece-me fugir para Marte.

E não telefonas ao Marques,

q' ele quer enjorcar,
ainda vos combinais,
fazeis-vos de iguais 
e eu tenho que vos aturar!

Queres falar ao animal feroz,

que também é da terrinha
ou para ele não tens voz?!



_Oh, Pofessor!
Deixe-se de piadinha!
Venha a nós!
Precisamos de seus ensinamentos,

_Olha, Carvalho!
reza ao Senhor 
p´ ra que te envie o Espirito Santo
p´ra que Ele vos ensine,
o que precisais de saber, 
e vos conduza no caminho
que deveis seguir.
Que Ele acabe com a divisão 
e faça de vós comunhão.

Para que o perdido reapareça,
Santo António, vosso padroeiro,
tem responsos
p´ra rezares o ano inteiro



_Mas p´ra q' estou a bater?
Carvalho...
Acaba aqui o enleio,
quero sair do meio,
partiu o negalho
e não te quero mais ver,
Carvalho!

_Tá lá? Tá-me a ouvir, 

Professor Marcelo??
Sera' que desligou?!
Oh!!!... Desligou.

E o Professor Carvalho amarelo,

ficou.




Q´ a ligação  havia-se desligado

já não funcionava em nenhum sentido
e Marcelo desdobrado,
com um telefone em cada ouvido,
dava parabéns p´ ra Moçambique ,
pela Constituição
e felicitava Ourique,
pela reeleição.

E Carvalho entristecido,
sentindo em tudo
nenhum sentido,
olhou em redor
e já não viu a família...

Foi ali, no fundo
da escada/elevador!

Só já restava o Madeira,
atrás da coluna,
incisório perlustrador,
mesmo ali, 
junto à escada/elevador!

E sem saber p' ra onde ia,
fazia-se despercebido
e detrás da coluna,
Madeira lhe gritou:

_Julgaste não precisar de mais,
e renegaste os pais!...

e seguindo para onde ele seguia:

_Enganaste o Professoooorrrrr!..
Nem penses na concelhiiiiia!

                                         IV Capitulo
                                         A iluminação da mente.

E de través 
o Madeira olhou
e ao invés,
seguindo,
virou à porta da saída
e deambulando
e saindo,
de repente
jubilou,
a mente
se lh' iluminou:

_Esse Rui que se virou,
para Vila Real virar
e que Vila Real virou,
merece um aplauso!

porquê não a ele, me aliar?



Pensei eu que virar-se,
era estupidez de malabarista
e logo corri ao palanque
anunciar ao "povante"
q' isso é coisa de ateísta!





Vila Real virar?
Pô-la de pernas para o ar?
Era o que faltava!
Isso eu não autorizava!


Mas agora compreendo,

que há aqui um segredo,
que eu não sabia revelar.

Vila Real necessita,
de quem saiba arriscar.
De nova novidade,
outro querer,
outra mentalidade.

Na era da globalização,
da sociedade da comunicação,
a postura tem de ser nova,
de grande inovação.  












Q´o Rui no discurso prometeu,

conselho consultivo de cidadãos, 
para ideias novas arranjar.



Pois então demos as mãos,
vou eu outro criar, 
p' ra com esse rivalizar

E mais!
Crio um gabinete 
de busca do empresário, 
que não basta apoia-lo, 
é necessário achá-lo. 



Para trás fica a Câmara de hoje, 
de desinteresse e dificuldade, 
caça à multa e ao embargo
e muita obscuridade.
O ranking da transparência
agora o comprova!
Que grande ebriedade! 



A cada nova ideia do Rui, 
contraponho umas três. 
Ultrapasso-o pela esquerda, 
ganho-lhe de vez.

Na verdade era demais,
tinha mesmo que virar
e o que não vira na vida?!

E se houve a virada,
porque tinha de haver,
porque hei-de eu ficar,
aqui a desesperar,
aqui assim, a sofrer?!

Não é preciso morrer,
para voltar a nascer
e iniciar a subida?



E a tormenta sofrida
por minh' alma espancada,
suspende já o gemido,
navegará libertada


E repetia em refrão:

era já tempo demais,
precisava de rodar.
Se tudo vira na vida,
porquê a Câmara não virar?

É mesmo a terceira vaga, 
que está ai a chegar
e eu que não sou de ficar
pr´ aí assim à reçaga,
n´ ela me vou empenhar.
Só tenho de me soltar...

E o Rui que se cuide...

Que p´ra terceira vaga...
eu é q' o vou desafiar.

E p' ra trás ficava o shopping
e em direcção ao Teatro,
em passo leve e saltitante,
continuava a cantar


_Se tudo vira na vida,
porquê a Câmara não virar?

Inda foi melhor assim,
em que trabalho me metia!
Tinha de manter o esquema,
que mudanças eu fazia?!

Caía-me tudo em cima,
tinha mesmo de manter,
esta edilidade arcaica
q' agora vejo no ranking,
que está pior que mal
que não se pode absolver.

No ranking de transparência
saído a 30 de Outubro,
em 207 ficou Vila Real,
vergonha p' ra capital.

Como falar de capitalidade?
Que exemplo dá Vila Real
aos municípios do distrito?
Andava bem enganado,
apetece-me dar um grito!

E nem sei se vou à posse,
se a Celeste não vai...
também não vou,
digo que cá não estou
ou que estou de tosse!

Que vá o Miguel,
e chega bem,
já tem experiência.
Se o Moreira quiser ir,
que vá também.

Se o ranking saía antes,
já nem me candidataria,
por isso foi bom perder
e agora vou-me manter,
a preparar-me para aprender,
como manter o Rui, acossado 
e lhe elevar a fasquia.

E na oliveira do Teatro,
ali de repente chegado,
um ramo agora colhia,
para o levar ao Rui
e alto dizia:

_Não quero mais eleição,
fui!!!...

e cada vez mais alto cantava: 






_era já tempo demais,
precisava de rodar.
Se tudo vira na vida,
porquê a Câmara não virar?

Se tudo muda na vida,

porquê a Câmara não mudar?