Por Vilela Borges
Corria o ano de dois mil e treze,
da era de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Naquele Reino Maravilhoso,
na cidade Real, que dava pelo nome de Vila,
ocorreu um fenómeno espantoso,
nunca visto!
O partido que reinava,
desde o inicio da democracia
pelo voto popular,
de repente via
e nem queria acreditar,
que o seu reinado acabava
e agora ali reinava,
o PS, no seu lugar.
Foi a tomada da Bastilha!
Caía a Monarquia.
Sem querer,
tinha-se o que se queria!
Era já tempo demais,
precisava de rodar.
Se tudo vira na vida,
porquê a Câmara não virar?
porquê a Câmara não virar?
Os Professores de mãos dadas
voto de cabresto
início
I Capitulo
As certezas marcelistas
e as incertezas de Carvalho!
Há quem diga
que quem sabe não ensina,
faz!
Não se ofendam os professores,
Não se ofendam os professores,
que nenhum ódio nos traz,
estamos só a divagar,
vamos lá narrar!
Pelo Professor Marcelo
e suas certezas,
e suas certezas,
é que vamos começar,
para logo passar
às incertezas,
do Professor Carvalho.
para logo passar
às incertezas,
do Professor Carvalho.
Pois a 22 de Setembro,
exacta semana antes da eleição,
o professor meteórico,
no seu programa semanal de televisão,
declarou, da sua cátedra,
autóptico
autóptico
e sem hesitação,
que em Vila Real já se vê,
que clarificada estava
a eleição,
a favor do PSD.
Confira, caro leitor, através do vídeo:
A clarificada ideia,
A clarificada ideia,
do Professor afamado,
gerou-se da seguinte maneira
num telefonema apressurado.
num telefonema apressurado.
Um tanto desajeitado,
de tantos livros nas mãos,
saiu à pressa do automóvel
de tantos livros nas mãos,
saiu à pressa do automóvel
e em passo apressado,
subiu à maquilhagem,
que já estava atrasado...
que já estava atrasado...
e logo toca o telemóvel,
que não conseguiu segurar,
na mão,
sem uns tantos livros soltar,
p' ro chão
e logo neles se sentou,
p` ra logo se por de pé.
Podia levá-los numa mala!...
Ia p' ra maquilhagem,
foi alí,
mesmo à entrada da sala!
Carvalho telefona a Marcelo para o empenho
_ Quem é?
Quem fala?
_É o António Carvalho.que não conseguiu segurar,
na mão,
sem uns tantos livros soltar,
p' ro chão
e logo neles se sentou,
p` ra logo se por de pé.
Podia levá-los numa mala!...
Ia p' ra maquilhagem,
foi alí,
mesmo à entrada da sala!
Carvalho telefona a Marcelo para o empenho
_ Quem é?
Quem fala?
_Como vai meu caro,
é um prazer ouvi-lo!
Mas fiquei confundido,
não me mandou o texto
ou o seu pedido,
foi só um pretexto?..
Quero que saiba
que fi-lo
porque qui-lo.
_Qual texto?
Quero falar da eleição.
_Da Constituição?
Eu cá sou constitucionalista,
mas a Constituição e' em Moçambique
e você não e' o Carvalho, de Angola?
Ou é d' Alfama,
algum fadista?
Olha esta!
queres ver que e' o mesmo de há pouco,
esse farçola!
Com nova voz.
Deve ser louco.
De lhe gritar até fiquei rouco.
Vá lá pachola!
Deixa-me a sós.
_Ó Professor!
Não se exalte!
Carvalho,
mas o de Vila Real...
Vou ser o Presidente
_Ah, desculpe meu caro,
sim, de Vila Real,
agora percebi,
ficou claro.
E o prognóstico pr' ai?
Deixa q´ adivinho...
se vai ser presidente...
é porque vão de carrinho...
_Sim, clarificou,
Vão levar no focinho,
estamos consolidados.
É no rescaldo dos trabalhos,
na preparação da festa,
que estamos empenhados,
É a tarefa que nos resta,
coroar a façanha,
que a campanha...
já abrandámos.
E os dois falavam entusiasmados.
Vão levar no focinho,
estamos consolidados.
É no rescaldo dos trabalhos,
na preparação da festa,
que estamos empenhados,
É a tarefa que nos resta,
coroar a façanha,
que a campanha...
já abrandámos.
E os dois falavam entusiasmados.
_Era de esperar,
a Câmara que foi sempre nossa,
não ia agora virar
e logo na terra do Pedro...
Ele deve aí, ser bandeira!
_Humm, Humm, Humm...
desculpe este engasgalho...
_Não faz mal, Carvalho.
Mas cuidado!
O outro pode fazer mossa,
Ele deve aí, ser bandeira!
_Humm, Humm, Humm...
desculpe este engasgalho...
_Não faz mal, Carvalho.
Mas cuidado!
O outro pode fazer mossa,
esse Rui não é brincadeira!
_ A este não tenho medo!
Mas não interessa cá o Pedro
_Assim é que é,
um transmontano valente,
que nada lhe mete medo!
_E diga-lhe s' ele o ouvir,
que aguente a nova austeridade,
que tem em preparação,
até passar a eleição,
faça-lhe sentir!
_Sim, vou-o persuadir.
Mas até aí ele vai,
nessa não cai.
Espere, estou a ligar-lhe.
Não, não m´ atende...
É melhor eu m´abster,
ele acha-me perpetrante!
_Deixe Professor,
adiante...
trato eu, sei o segredo.
E a mim não me tem medo.
_E as divisões?_ A este não tenho medo!
Mas não interessa cá o Pedro
_Assim é que é,
um transmontano valente,
que nada lhe mete medo!
_E diga-lhe s' ele o ouvir,
que aguente a nova austeridade,
que tem em preparação,
até passar a eleição,
faça-lhe sentir!
_Sim, vou-o persuadir.
Mas até aí ele vai,
nessa não cai.
Espere, estou a ligar-lhe.
Não, não m´ atende...
É melhor eu m´abster,
ele acha-me perpetrante!
_Deixe Professor,
adiante...
trato eu, sei o segredo.
E a mim não me tem medo.
Ou isso é segredo?
_Há soluções,
tudo forte e unido.
É a nós que o povo ama,
dê o Professor uma mãozinha,
fale agora no seu programa.
Diga, sim...
_Digo.
Diga, sim...
_Digo.
_Quando vem a Constantim?
Se pudesse vir à posse!
Acha que convide o Jardim?
Acha que convide o Jardim?
Vai ser uma grande festa!
Já lhe disse,
estamos na preparação,
é a tarefa que nos resta
e vem tod' a malta de Constantim!
O Professor e o Jardim,
à frente,
a abrir o desfile,
que aparição!
E o Professor trazia a televisão...
Vai estoirar foguetório por todo o lugar,
bombo, pandeireta e ferrinhos
e concertinas a tocar.
Diga sim,
que vem à posse!
E Marcelo acometido,
por aquela crónica tosse.
_Uummmm. Uummm...
Ah, quem dera!
Não tenho tempo nem para coçar.
Encontramo-nos em Lisboa, para um café.
Quando cá vem?
Também lhe quero falar
da corrida a Belém...
_Vou logo a seguir à posse.
Mas pode contar,
o apoio será total,
no distrito de Vila Real!
_Obrigado meu caro.
Encontramo-nos em Lisboa, para um café.
Quando cá vem?
Também lhe quero falar
da corrida a Belém...
_Vou logo a seguir à posse.
Mas pode contar,
o apoio será total,
no distrito de Vila Real!
_Obrigado meu caro.
E vou breve a Cabeceiras,
e podemo-nos encontrar.
_E levo a malta,
para festejar!!!
e podemo-nos encontrar.
_E levo a malta,
para festejar!!!
Abraço
_Abraço Professor!
II Capítulo
A entrada de Madeira Pinto
A Noite do resultado
E p' ra trás ficava o shopping
e em direcção ao Teatro,
em passo leve e saltitante,
continuava a cantar
_Se tudo vira na vida,
porquê a Câmara não virar?
Inda foi melhor assim,
em que trabalho me metia!
Tinha de manter o esquema,
que mudanças eu fazia?!
Caía-me tudo em cima,
tinha mesmo de manter,
esta edilidade arcaica
q' agora vejo no ranking,
que está pior que mal
que não se pode absolver.
No ranking de transparência
saído a 30 de Outubro,
em 207 ficou Vila Real,
vergonha p' ra capital.
Como falar de capitalidade?
Que exemplo dá Vila Real
aos municípios do distrito?
Andava bem enganado,
apetece-me dar um grito!
E nem sei se vou à posse,
se a Celeste não vai...
também não vou,
digo que cá não estou
ou que estou de tosse!
Que vá o Miguel,
e chega bem,
já tem experiência.
Se o Moreira quiser ir,
que vá também.
Se o ranking saía antes,
já nem me candidataria,
por isso foi bom perder
e agora vou-me manter,
a preparar-me para aprender,
como manter o Rui, acossado
e lhe elevar a fasquia.
E na oliveira do Teatro,
ali de repente chegado,
um ramo agora colhia,
para o levar ao Rui
e alto dizia:
_Não quero mais eleição,
fui!!!...
e cada vez mais alto cantava:
_era já tempo demais,
e em direcção ao Teatro,
em passo leve e saltitante,
continuava a cantar
_Se tudo vira na vida,
porquê a Câmara não virar?
Inda foi melhor assim,
em que trabalho me metia!
Tinha de manter o esquema,
que mudanças eu fazia?!
Caía-me tudo em cima,
tinha mesmo de manter,
esta edilidade arcaica
q' agora vejo no ranking,
que está pior que mal
que não se pode absolver.
No ranking de transparência
saído a 30 de Outubro,
em 207 ficou Vila Real,
vergonha p' ra capital.
Como falar de capitalidade?
Que exemplo dá Vila Real
aos municípios do distrito?
Andava bem enganado,
apetece-me dar um grito!
E nem sei se vou à posse,
se a Celeste não vai...
também não vou,
digo que cá não estou
ou que estou de tosse!
Que vá o Miguel,
e chega bem,
já tem experiência.
Se o Moreira quiser ir,
que vá também.
Se o ranking saía antes,
já nem me candidataria,
por isso foi bom perder
e agora vou-me manter,
a preparar-me para aprender,
como manter o Rui, acossado
e lhe elevar a fasquia.
E na oliveira do Teatro,
ali de repente chegado,
um ramo agora colhia,
para o levar ao Rui
e alto dizia:
_Não quero mais eleição,
fui!!!...
e cada vez mais alto cantava:
_era já tempo demais,
precisava de rodar.
Se tudo vira na vida,
porquê a Câmara não virar?
Se tudo muda na vida,
porquê a Câmara não mudar?
porquê a Câmara não virar?
Se tudo muda na vida,
porquê a Câmara não mudar?
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