a criança vai crescer, para o ano aguarda-se que a inovação traga uma performance mais bem sucedida em consonância com o que de melhor se fez no passado
Houve outra vez sarau do 1º de Dezembro, no auditório principal do Teatro Municipal, mantendo-se a tradição retomada pela Associação dos Antigos Alunos do ex-Liceu Camilo Castelo Branco, há uns anos valentes
A população vila-realense
correspondeu plenamente, esgotando a lotação – 500 lugares -, como vem
acontecendo desde há muitos anos, esperando por divertimento e boa disposição,
que tem sido apanágio dos espectáculos anteriores, dominados pela
dupla Emereciana e Cipriano que acabaram de se aposentar como actores principais do sarau. Quer isto
dizer que foi passado o testemunho às novas gerações, responsáveis pelo espectáculo
deste ano. O público assistiu a um novo formato, mais tecnológico, mais musical, menos virtuoso, menos audaz,
menos mordaz na crítica social e política.
Sentiu-se, e percebeu-se, a orfandade das duas almas do
espectáculo. Houve alguns momentos bem conseguidos
e outros de inspiração duvidosa, com
recurso a humor demasiado fácil e de
bairro terceiro mundista, que embora
tivesse arrancado algumas palmas,
deixou na sala uma fragância de esgoto.
Como a criança vai
crescer, para o ano aguarda-se que a inovação traga uma performance mais bem
sucedida em consonância com o que de melhor se fez no passado.
Ribeiro
Aires
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